quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

EXPLOSÃO DE SENTIMENTOS


Quero encontrar-te antes
Que seja tarde demais
Quando o sol ainda resplandece
E o vento embala com ternura
O lago sossegado. . .
Quero quebrar o silêncio,
A solidão, a saudade. . .
Quero encontrar-te antes que
Os sentinelas assumam seus postos
E curtam seus turbilhões de saudades ! . . .

Quero que esta noite seja eterna,
No teu aconchego afastar solidões,
Deixemos que as flores se abram
Que o orvalho se espalhe pelas
Rosas como minúsculas
Pedras de coloridos diamantes.
E assim, nestes momentos
De extrema explosão de sentimentos
Unamos os nossos corpos loucamente
E amalgamemo-nos como 
Substância substância de amor.

                        (Prof. Freitas)

                         Tarauacá - Ac,  07/02/2014



sábado, 22 de fevereiro de 2014

ESTENDO (fragmentos)

Estendo as mãos abertas
Procurando lugar vazio
Na noite de sombras incertas

Silencio o tempo que voa
Por entre espaços escondidos
Onde o meu corpo é a proa

Canto imagens em colcheias
Fundindo-se em movimentos
Nas ondas da maré cheia

E ficarei até a aurora
Florirás no meu orvalho
Enquanto o sol se demora.

                 (Manuela Barroso, in "Eu poético VI"

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

SONETO

Pálida à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia !

Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embalada !
Era um anjo entre nuvens da alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!

Era mais bela! O  seio palpitando. . .
Negros olhos as Pálpebras abrindo. . .
Formas nuas no leito resvalando. . .

Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando;
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

                             ( Álvares de Azevedo)

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A VIDA

A poesia é como a vida  
Que a cada manhã
Vem com o ar que respiro
Quando vejo cada nova flor
Que nasce com o orvalho da manhã.

Lembro meu Deus que tudo criou,
Que faz bater o meu coração
A cada novo dia, nesta geração, 
Quando raia o horizonte
Ou quando ouço uma música,
Uma poesia, uma nova canção.

Então olho o céu bordado de roxo
E cada pássaro que voa
Como a levar meu amor
Por esta imensidão do firmamento
Sem rumo, sem destino e sem cor,
Seguindo a direção do vento.

                     (Prof. Freitas)
                              Tk, 05/02/2014